terça-feira, 19 de novembro de 2013

Bobo amor


Singeleza no sorriso
De tolos momentos
Bobos talvez
Romance se fez

De tudo o que se pode ver
Tudo aquilo que pode sentir
Na simplicidade do sorrir
Escrito na felicidade a se abrir

Não há razão
Emoção domina
Em meus braços se fez
Alegria outra vez

Declarações de amor
Flores no jardim
Nada pode ser mais romântico
Que te ver sorrir

De tantas pequenas coisas
Na simplicidade de todas
O beijar tua boca
Leva-me apaixonar

No carinho simplório
Do modesto tocar
Em meu rosto se fez
Sorrir pra você

O tempo pífio
Inútil e curto
Tamanho o amor
Tamanho o carinho

Muitos anos
Meses e horas
Ainda será pouco
Para amar-te

Viver ainda é pouco
Pouco para dar-te
Mostrar-te, Provar-te
O quanto te amo

A cada minuto a menos
É um minuto a mais que desejo
Implorar a pausa do tempo
O morrer das horas

Cativo ao seu amor
Preso ao seu carinho
Dominado pelo querer
Viver ao lado teu

Da angústia, flor
Da dor, amor
Da frustração, esperança
De você, estima se fez

Sugestão de Música para acompanhar o poema :   Último Romance - Los Hermanos

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Morte


Da vida o caminho
Qual o destino?
Da dor da partida
Prosseguir é preciso

O que na verdade é a morte?
Prosseguimento da vida?
Fim da mesma?
Início de outra?

Das dores que sofremos
Das apunhaladas da vida
Das derrotas sofridas
A dor mantida

Descanso e paz?
Na morte o que encontrar?
Da paz no semblante
Do passado marcante

Dos amores perdidos
Dos amores vividos
Das correntes atadas
Aos pés como escrava

Vida cativa ao ser
Aonde encontrar a liberdade?
Nos grilhões das necessidades
Apenas na morte romper-se

Da dor que nasce
Certeza ressurgi
Que do fim do sofre
Nasce a morte

É na vida que se vive
É nela que sofremos, sorrimos
Amamos e odiamos
À morte resta a lembrança

Doer a dor de viver
No descansar a morte
Viver a beleza
Morrer à Eternidade

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Trilhar


Marca o ser
Como o trem
Que sem destino fixo
Abre a mata, irrompe

Interromper, Impedir
O processo contínuo do existir
Esse requer toda a força
A todo vapor!

Do trem a vida
Da mata o ser
Luta contínua
O existir é vencer

Na janela transparece alegria
Transluz a dor
Dos trilhos criados
A incerteza sem cor

A cada estação uma escolha
Enquanto trilha-se
Cria-se o caminho
Desvenda-se o amor

Dos penhascos cair
No oceano afogar
Queimar-se no fogo
No céu voar

A cada caminho tomado
Escolhido em meio a mata
Virgem não mais será
Quando pelo trem cruzada

Na dor a vergonha?
Na vergonha arrependimento?
Impossível voltar atrás
Emoção é a razão

Carrega em si a angústia
A vitória acarretada
A dúvida desgraça
A certeza da vitória

No trem espaço há
Do carinho ao rancor
Do ódio ao amor
Do prazer a dor

No caminho trilhado
Bagagem escolhida
Junta-se ou joga
O que se quer levar

Provar-se a si mesmo
Amar e escolher
Ser e não temer
Querer é viver

Sonhos são o motor
Do trem o freio o temor
Da hesitação a falta
Da decisão a direção

Ao findar o trilhar do trilho
Carinho ou dor, força  e amor
Das escolhas passadas a última estação
Boa ou ruim somos a solução

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Ao Fundo..


Sucumbe o peito
Dói a alma
Da fatiga do mundo
Nasce a aurora

Aurora da minha dor
Da tristeza que se assenhora
Da moleza que me castiga
Do futuro que me apavora

Da lágrima corrida
Pensamento infinda
Em existir na vida
Que desatina a doer

Doer fundo na alma
Calar a dor no seio
O mesmo enfraquecido
Da cama meu mundo se faz

De todo o mundo
De toda a beleza
Mostra a dor
Mostra a fraqueza

Na verdade o que é ser?
O que é fraco ou forte?
Humano, talvez?
Apenas eu

Da doçura o amargor
Mostra-se mel
Prova-se fel
Ente não é ser

Do querer a morte certa
Do viver ganhar me resta
O acalanto do tentar
O afago do derrotar

O fim do caminho se avista
O fim de tratado
O fim da dor
Ao partir ficarei

Ficarei calado
Borbulhará a fúria
Mas a tristeza
Impede o transbordar

A cada respirar a benção
A cada dor humanidade
A cada olhar a beleza
A cada refletir o almejo

Confuso como a vida
Simples como o amor
Difícil como as circunstâncias
Ardente como dor

Sociedade ou Indivíduo?
Dualismo traduz
A existência
Maniqueísmo é o giro

Da poesia a dor e o choro
Da música o lamentar
Da humanidade a beleza imperfeita
Do amor a arte de sonhar