Da estrada trilhada
Migalhas no chão
Migalhas no chão
Os medos que voltam
Aperto no coração
Da vida vivida
Experiências munidas
De cada novo viver
Do antigo lembrar
E quanto mais tento esquecer
Mais fincado está
Em meu coração as decepções
Morte da confiança por aquilo que já foi
Morte da esperança pelo medo do que virá
Morte do amor pela vida que há
Marcas do passado
Nódoa profunda
Peito marcado
Dores e busca
O sempre temer
A vida assustar
O dia viver
A noite sonhar
Passando oportunidades
Vida que segue na bagagem
Sem ser vivida na plenitude
Sem ser curtida, insalubre
Que medo seja a estrada menos percorrida
Que a dor a curva menos vivida
Que a mágoa os atalhos não tomados
Que a vida, bela e simples, pura como um riacho