Peito em ardores vãos
Mente volúvel
Como céu negro se turva
De toda a consciência confusão
Das certezas o certo se foi
Dos caminhos trilhados como espinhos se põe
Dos cortes sofridos a certeza que mais virão
Vida vivida sem viver
Dos desatinos angústias do ser
Romances fúteis a serem idealizados
Aventuras da vida morte ocorrida
Porque da independência dependência há
Do voo bigorna a aprisionar
Amores vãos que se vão
Peito que só faz apertar
Da lida da vida
Do nodo mais um se fez
De tudo que se vive
Transforma outra vez
Mais que um dia
Mais que alegria
Mais que ser o que se é
Mais que matar o que se quer.
Vida, vida, vida
Tantos amores e dores
Desafios e confusões
Incertezas e mortes
Uma vida sem perdões