Ausente da matilha
Lobo solitário foge
Ao cume que busca
Uiva como mudo
Na solidão em meio a muitos
Encontra-o apenas em si a completude
Como quem é inferior o vêem
como quem confunde-se se vê
Na imensidão do céu azul
Reflete-se o brilho
O eco que lhe faz companhia
A solidão que o consola
Por vezes a sina se lhe impõe:
"Como um lobo solitário deve viver"
As amizades o cercam e amores também
Mas nenhuma é capaz de atingí-lo
No retorno do silêncio
No retorno da memória
No porvir do que já foi
No amor que já não há
conceitos em sua pequena mente
Rodear é o que há
Das marcas vividas
Mostra-se os sonhos alcançados
Da fragilidade do sentir
Da complexidadde do pensar
Do perdão por viver
Da dor de não te ter