quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Trilhar


Marca o ser
Como o trem
Que sem destino fixo
Abre a mata, irrompe

Interromper, Impedir
O processo contínuo do existir
Esse requer toda a força
A todo vapor!

Do trem a vida
Da mata o ser
Luta contínua
O existir é vencer

Na janela transparece alegria
Transluz a dor
Dos trilhos criados
A incerteza sem cor

A cada estação uma escolha
Enquanto trilha-se
Cria-se o caminho
Desvenda-se o amor

Dos penhascos cair
No oceano afogar
Queimar-se no fogo
No céu voar

A cada caminho tomado
Escolhido em meio a mata
Virgem não mais será
Quando pelo trem cruzada

Na dor a vergonha?
Na vergonha arrependimento?
Impossível voltar atrás
Emoção é a razão

Carrega em si a angústia
A vitória acarretada
A dúvida desgraça
A certeza da vitória

No trem espaço há
Do carinho ao rancor
Do ódio ao amor
Do prazer a dor

No caminho trilhado
Bagagem escolhida
Junta-se ou joga
O que se quer levar

Provar-se a si mesmo
Amar e escolher
Ser e não temer
Querer é viver

Sonhos são o motor
Do trem o freio o temor
Da hesitação a falta
Da decisão a direção

Ao findar o trilhar do trilho
Carinho ou dor, força  e amor
Das escolhas passadas a última estação
Boa ou ruim somos a solução

Nenhum comentário:

Postar um comentário